Eu sou do tempo em que as galochas colibri faziam as delícias dos infantes deste Portugal afora. Para quem não sabe (procurei no google e não encontrei imagem), tratava-se de umas galochas verde sapo a simular a própria cara de um sapo, com olhos esbugalhados e tudo. Aliás, a infância dos nascidos em 70 foi bastante marcada por sapos, ele era o Cocas, ele era as colibris. Por isso acho que ainda continuámos umas românticas e lá vem a analogia de beijar um sapo e transformar num príncipe, etc, etc. Mas adiante... Uma das tristezas da minha infância é nunca ter tido umas. Andavam os putos todos com aquelas coisas que eu achava "super fixes" (sim, sou do tempo que dizer fixe era supercool e ainda não estava associado ao slogan Soarista e de um bom par de anos mais tarde. Mas, adiante outra vez, que estes devaneios têm de ser controlados!) e eu de bota ortopédica para pôr o pézinho direito, como se eles estivesse torto em algum lado! Agora há uns anitos a esta parte reemergiu a moda das galochas. Muito mais interessantes, coloridas, sem olhos esbugalhados e menos monocromáticas. Sinto-me vingada com este revivalismo. Mas mais vingada me sentirei quando puder comprar várias para fazer pandan (pendant, ou lá como é, que o que interessa é parecer chique, mas podia ter logo arrumado com um simples "para combinar) com as roupichas de Inverno!
Vou ali à loja e já volto. Fui!
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