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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Eu sublinhava. E comentava.

Noutro dia andei a arrumar os livros e a arranjar um sítio de leitura num cantinho cá da sala. Ainda ninguém se sentou lá no puff. Mas adiante.
Ia abrindo alguns livros que já lera, a ver se me lembrava da história, ou quando lembrava, para ver se inadvertidamente e por mão de santa engrácia o abria numa página com uma frase forte, daquelas que na altura gostaríamos de lembrar para todo o sempre e poder dizê-la em determinadas situações para brilhar mas como não somos a wikiquote não conseguimos.
Abri um. Todo sublinhado. Vícios de outros tempos. Sublinhado e comentado. Agora não sublinho nem comento. Não sei porquê. Até porque gosto de sublinhar (Tenho o "Toda a Mafada" do Quinho com setinhas nas tiras que mais gostei). E gosto de pegar em livros sublinhados por mim.
Comecei a ler os sublinhados. Nada. Não me faziam lembrar nada.
Estou a reler o livro e a tentar perceber porque é que na altura aquilo terá "batido" tanto ao ponto de página sim-página sim andar a sublinhar frases. Algumas que já li nem sei porque as sublinhei. Devia ter comentado (aaaaaaaaaaah! é para isso que servem os comentários que faço, claro!).
Seja como for, o livro é Todas as Almas, de Javier Marías. Não abona muito a favor do livro o prefácio ser do Lobo Antunes. Mas agora o mal está feito. Recomecei a lê-lo. A ver no que dá.

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